Foto: YouTube (Reprodução)
Pouco mais de 6 meses depois de um boneco assustador chamado Momo aparecer no Whatsapp, o perigo estaria de volta. As notícias sobre o Momo na internet ressurgiram na última semana de uma forma ainda mais assustadora: usuários relataram que ele teria aparecido no meio de vídeos no Youtube que ensinam crianças a fazer slime - a moda do momento entre o público infantil. Há relatos que o boneco estaria ensinando as crianças a como se auto-mutilar. O assunto voltou a ser tema de debates e preocupações de pais, principalmente, em grupos nas redes sociais.
Conforme a reportagem da Revista Crescer, o vídeo teria burlado o algorítimo do YouTube Kids, que foi criado em 2016 justamente para ajudar os pais a selecionar os conteúdos que os filhos poderiam ter acesso. Em nota à revista, a plataforma informou que não detectou a presença da Momo em nenhum vídeo:
"Ao contrário dos relatos apresentados, não recebemos nenhuma evidência recente de vídeos mostrando ou promovendo o desafio Momo no YouTube Kids. Conteúdo desse tipo violaria nossas políticas e seria removido imediatamente. Também oferecemos a todos os usuários formas de denunciar conteúdo, tanto no YouTube Kids como no YouTube. O uso da plataforma por menores de 13 anos deve sempre ser feito pelo YouTube Kids".
Em Santa Maria, o alerta para os pais já começou a circular em grupos de escolas:
_ Recebi a notícia em quatro grupos de Whats dos quais participo - relatou à reportagem uma mãe que tem filha em escola particular da cidade.
MOMO REASCENDE A IMPORTÂNCIA DA CONVERSA COM AS CRIANÇAS
De acordo com psicóloga de Santa Maria Denise Rodrigues, casos como a do Momo e da Baleia Azul - desafio que surgiu também na internet há alguns anos que faziam com que crianças e adolescentes se mutilassem - reafirmam a importância dos pais acompanharem de perto a vida dos filhos.
- Os pais acham que por os filhos estarem dentro de casa estão seguros, mas, na verdade, eles podem correr tanto perigo quanto na rua ao entrarem em contato com pessoas desconhecidas pelas redes sociais. A internet tem o seu lado bom, mas também o lado ruim. Por isso é preciso tanto controle - explica a psicóloga.
Ela ressalta que, além de estar sempre de olho no que os filhos consomem na internet, é preciso conversar e prepará-los para casos como esse.